quinta-feira, 27 de março de 2008

Mensagens no celular: alternativa barata e prática

Os possuidores de celular pré-pago sabem, como ninguém, o quanto custa realizar uma chamada com o aparelho, ainda mais se o destinatário da ligação usar uma operadora diferente da sua. As empresas de telefonia móvel costumam usar uma tarifa padrão acrescida dos impostos, cuja taxa varia em cada estado. Em Goiás, por exemplo, o minuto de uma ligação com o plano básico de tarifas para celulares "a cartão" sai por cerca de 1 real. Isso restringe muito o uso do celular para ligações, principalmente se considerarmos que a maioria das pessoas faz recargas de cerca de 15 reais ao mês. Ao comparar este valor com o de uma mensagem de texto, ele cai significativamente: o preço aproximado de cada mensagem é cerca de 36 centavos.

O serviço, Short Message Service (de onde vem a sigla SMS) ou serviço de mensagens curtas, surgiu com os primeiros celulares digitais, e virou febre em alguns países. Aqui no Brasil, embora não tenha alcançado proporções grandiosas, é indiscutivelmente popular. Hoje, as principais operadoras tem acordos de interoperabilidade, o que permite, por exemplo, que clientes TIM enviem e recebam mensagens de clientes Vivo, e por aí vai. As mensagens de texto possuem, geralmente, o limite de até 160 caracteres. Celulares GSM mais novos possibilitam que sejam enviadas mensagens bem maiores, que são tarifadas a cada 160 caracteres como uma mensagem individual.

As mensagens de texto funcionam tanto para avisos rápidos, que dispensariam a necessidade de uma ligação, como para comunicação em locais silenciosos (durante reuniões, ou em bibliotecas, salas de aula). Algumas operadoras, como a TIM, também promovem o SMS como uma ferramenta de trabalho, para, por exemplo, comunicação simultânea entre um gerente e sua equipe, ou para manter os clientes sempre informados das novidades.

Além do SMS, muitos celulares hoje já possuem o MMS, Multimedia Message Service ou serviço de mensagens multimídia, que permite enviar, junto com texto, fotos, sons e até vídeos. Os preços das MMS são mais caros, variando de 50 centavos a 1 real dependendo da operadora, e ainda não estão populares quanto o SMS, mesmo porque até hoje os celulares mais simples não possuem este serviço.


TIAGO GEBRIM

terça-feira, 25 de março de 2008

Celular e internet são as mídias mais usadas internacionalmente para o lazer




Um relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT) revelou em 2006 os efeitos que o surto de evolução das tecnologias digitais provocou no cotidiano da população mundial. Segundo ele, a média do número de aparelhos celulares conectados em redes mundiais superou todos os outros meios de comunicação. Tal superação incluiu principalmente o uso destinado ao lazer: a comunicação digital, seja ela feita pela internet ou pelo celular, é a principal mídia utilizada para determinado fim entre as pessoas com menos de 55 anos. Há, portanto, a ultrapassagem do uso da televisão, do rádio, dos jornais, revistas e do cinema, segundo os dados do relatório. Houve ainda o crescimento da chamada “banda larga”: dos 277 milhões de usuários do serviço em 2006, 61 milhões estavam em fontes móveis.

Obviamente, há variações de acordo as regiões geográficas. Em todos os países da Europa, por exemplo, pelo menos 8 de cada 10 habitantes têm telefone celular. A estimativa é de que um terço dos europeus tenha acesso à internet com alta velocidade pelo aparelho até 2010. Na África, no entanto, a média é de 1,4 usuários para cada 10 habitantes. Há, contudo, exceções, como a Argélia, Botsuana, Gabão, Mauricio, África do Sul e Tunísia, onde os números superam 40% da população.

Há mais de um celular ativo por pessoa, segundo a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad) , nos seguintes países: Lituânia (penetração de 127%), Itália (123%), Hong Kong (122%), República Tcheca e Macau (115%), Israel (113%), Portugal (109%), Estônia (108%), Islândia, Barein e Noruega (103%), Irlanda e Cingapura (101%) e Dinamarca e Emirados Árabes (100%).



Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21121.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u21006.shtml

Por: Paula Nogueira

YouTube Mobile!


Em meados de 2007 o site Youtube lançou seu serviço mobile nos Estados Unidos,isto é, o site que exibe vídeos na internet pode ser acessado diretamente pelo celular e os vídeos assistidos sem que precisem ser baixados.O serviço foi lançado livre de acordos de exclusividade com operadores de telecomunicações móveis podendo ser acedido pelo celular através do site http://m.youtube.com/.
O novo serviço está começando a ser anunciado por operadoras telefônicas no Brasil.No site da TIM(Telecom Italia Mobile) http://www.tim.com.br/ a novidade conta com um link explicativo.A cobrança pela adesão será feita de acordo com a quantidade de Bytes transferidos para o aparelho.Na página inicial (após o disclaimer) encontram-se os 10 vídeos com melhor votação, estando mais abaixo disponível uma barra de pesquisa e a possibilidade de ordenar os vídeos por outro tipo de critério como “Most Viewed” ou “Top Favorites”. A quantidade de vídeos disponível no serviço ainda não atinge (nem sequer se aproxima) daquela que é acessível via web, uma situação que será aperfeiçoada no futuro segundo os responsáveis pelo YouTube.
O grande problema por enquanto está na velocidade da conexão e na baixa variedade de aparelhos que dispõe de propriedades de vídeo compatíveis com o YouTube,problemas estes até certo ponto compreensíveis levando em conta que o acesso à Internet via telemóvel ainda está numa fase de implementação no Brasil e no mundo.




Marina Celestino

domingo, 23 de março de 2008

Evolução do celular

Tecnologia é sinônimo de evolução! Com o passar dos anos, é comum notarmos as diferenças tecnológicas. Em relação aos aparelhos celulares não foi diferente! De uns anos pra cá, com o avanço tecnológico e científico notamos que muitos aparelhos ganharam design inovador, ficaram mais leves e cada vez mais úteis ao nosso cotidiano.
Hoje é considerado comum encontrarmos pelas ruas aparelhos que tiram fotos, gravam vídeos, possui serviço de internet, e inclusive tocam mp3 e rádio. Mas antigamente celular era apenas um artigo de luxo.Eis aqui uma análise da evolução do celular.

Voltando ao túnel do tempo:

1973 - A primeira chamada de um telefone celular foi realizada em 3 de abril de 1973, em Nova York (EUA), por Martin Cooper, então gerente geral da Divisão de Sistemas da Motorola. O aparelho utilizado por Martin Cooper, para fazer a ligação para um telefone fixo, pesava aproximadamente um quilo, media 25 cm de comprimento por 7 cm de largura. A bateria utilizada no aparelho permitia 20 minutos de conversa.
1979 – Surge o telefone celular no Japão


1983 – Após 10 anos, desde a primeira ligação, foi comercializado o primeiro aparelho celular. O aparelho era chamado DynaTAC 8000x, da Motorola, pesava 794,16 gramas, algo que não devia surpreender na época, os celulares atuais, em geral, pesam menos de 100 gramas. O DynaTAC 8000x custava cerca de 3.995 dólares.



1987 – Foi criado o primeiro portátil da Ericsson, denominado de Combi Hotline.O terminal funcionava na tecnologia TDMA e na analógica AMPS (Advanced Mobile Phone System)

1989 – Surge o MicroTac com flip. Considerado o mais leve da categoria, pesava 290 gramas e sua bateria durava 90 minutos em uso e 15 horas em stand by.
1990 – O Celular chega ao Brasil. Na época, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações(Anatel), o país contava com 667 aparelhos. Em 30 de dezembro de 1990, a comunicação móvel começou a funcionar no Rio de Janeiro, com capacidade para 10 mil terminais.



1996 - o StarTac da Motorola iniciou a moda dos celulares clamshell, inspirado no comunicador da série Jornada nas Estrelas. Nesse mesmo ano, a CTBC, lançou o primeiro terminal pré-pago no Brasil.



A partir do ano 2000 temos aparelhos cada vez mais complexos…



2002 – chega ao Brasil o primeiro celular CDMA com display colorido.




2005 - Em 2005 os celulares já se transformaram em computadores de mão, câmeras digitais, tocadores de MP3 e até televisores. Notícias, videoclipes, futebol e novelas na palma da mão.

Alguns celulares e suas respectivas funções:


Com Bafômetro

Um Celular que Tira Fotos Debaixo d’Água


Porta-batom GSM da linha fashion.




A tendência para o futuro é termos inovações tecnológicas que facilitem cada vez mais nossa vida e o nosso cotidiano.
Caroline Rabelo


Iphone


Em 9 de Janeiro de 2007, Steve Job, co-fundador da empresa de informática Apple Inc apresentou ao mundo o Iphone. O dispositivo é um celular que opera em GSM E EDGE. O aparelho suporta o envio de e-mails, telefone móvel, mensagem de texto, navegação na internet através do Safari e outros serviços de informação sem fio. Além disso, o Iphone de tela tocável, também inclui as funcionalidades que a série iPod comporta, e roda uma versão modificada do sistema operacional Mac OS X. Ele vem equipado com conexão wireless - Wi-fi (802.11b/g) e Bluetooth 2.0, assim como uma câmera 2.0 megapixels. O celular é desenhado para múltiplas tarefas, através das quais o usuário pode ler uma página da internet enquanto baixa um e-mail através do Wi-Fi ou do EDGE.



*O programa gerenciador de fotos permite ao usuário fazer uploads de fotos, vê-las e as enviar através de e-mail.

*O iPhone possui uma camera integrada de 2 megapixels

*A tela widescreen de 3.5 polegadas ( a resolução é de 320x480 em 160 pixels por polegadas) permite o usuário assistir shows de Tv e filmes. Enquanto o usuário assiste um video, o iPhone pode ser inclinado para o outro lado. Se o telefone se apresenta na vertical a imagem do vídeo também se altera. Existe um comando para trocar de wide-screen para full-screen (tela cheia).

*O iPhone usa o navegador Safari, mostrando as páginas de forma completa e simplificada, como a maioria dos outros telefones que possuem acesso à internet. As páginas da web podem ser visualizadas na vertical e na horizontal, além de poder ser aproximadas.

*Uma parceria entre o Google e a Apple permitirá ao usuário usar uma versão modificada do Google Maps - mantendo as formas Mapa, Satélite ou as duas combinadas (forma híbrida).

*O layout da biblioteca de músicas difere um pouco das versões anteriores de iPods, possuindo seçõse mais bem divididas, incorporando claramente a divisão por ordem alfabética, e apresentando uma fonte maior. O Cover Flow, assim como no iTunes, mostra as fotos das capas dos albuns, de forma a ser visualizadas alternadamente.

Apesar dos diversos problemas que rondam o Iphone, ele é um dos aparelhos mais bem desenvolvidos do mercado, e ainda bastante esperado pelo grande público.

Bruno Abdala

Internet móvel e as zonas Wi-Fi


Gradativamente são propostas cada vez mais inovações no meio tecnológico que busquem dinamizar o acesso à Internet e veiculá-las à patentes especializadas. Um dos exemplos é a nova tecnologia Wireless, geralmente funcional em shoppings, hotéis, aeroportos e outros grandes pontos de circulação pública que possam visar clientes com necessidade de comunicação internacional e rápida.

No Brasil, a tecnologia começou a ser implantada no início de 2003 em iniciativa privada da Telemar/Oi e hoje conta com diversos dos denominados “Hot Spots” ou zonas Wi-Fi. Estabilizada no cotidiano de países desenvolvidos, a tecnologia Wi-Fi (abreviação para Wireless Fidelity ou Fidelidade Sem-Fio, em português) consiste na transmissão de dados em banda-larga por sinal de rádio de antenas das operadoras para notebooks ou outros portáteis compatíveis, necessitando apenas da inclusão de uma placa específica no aparelho. Também conhecida por WLAN (Wireless LAN, ou Área de Internet Local Sem-Fio), a tecnologia tem restrição de área de 300m de distância das torres transmissoras e, em geral, capacidade de velocidade de 11 Mpbs.

Tendo relativo baixo custo tanto para aquisição da tecnologia de compatibilidade (em torno de R$ 275,00) quanto para o custo e velocidade de acesso, a tecnologia Wi-Fi é de simples acesso e utilizada em ampla escala pela classe executiva. Entretanto, ainda é pouco conhecida e tem suas vantagens em início de exploração no Brasil. Um dos pioneiros nesse quesito é o provedor Terra, que lançou um pacote empresarial chamado “Terra Banda Larga Empresarial Wi-Fi Corp”, em bom nível de expansão e com pretensão de chegar aos dez mil usuários até o final do ano.

Resumidamente, dentro de tais zonas o acesso à Internet passa a ser possível independentemente da conexão com linhas telefônicas fixas, permitindo que o uso de computadores e outros aparelhos remotos não seja obrigatoriamente acompanhado do uso de um celular. Deste modo, é provável que a evolução em relação ao acesso à Internet por meio direto em celulares cresça paralelamente à tecnologias como o Wi-Fi, gerando inovações bilaterais mais acessíveis na futura 3ª geração de portáteis e aumentando ainda mais a atuação de mídias móveis como um meio comunicativo a ser usado no cotidiano.


Pietro Bottura

sábado, 22 de março de 2008

3G no Brasil

Finalmente, após muito tempo de espera, a tecnologia da terceira geração, ou simplesmente 3G, chega ao nosso país. A principal causa da demora era a necessidade da liberação de novas frequências pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), pois a tecnologia GSM (usada por todas as operadoras do país) necessita de frequência específica para instalação do serviço. A Telemig Celular (operadora mineira que foi comprada pela Vivo em setembro/ 2007), ao contrário das demais operadoras, já havia iniciado a implantação do 3G, pois possuía uma frequência compatível com a tecnologia.

Existente já há alguns anos em países como EUA, Japão, Coréia e também na Europa, a tecnologia 3G é o terceiro passo significativo da evolução dos celulares, desde o seu primeiro formato:
# 1ª geração
- Redes analógicas;
- Tecnologia mais representativa: AMPS (Advanced Mobile Phone Service);
- Capacidade da rede restrita à realização de ligações de voz.

# 2ª geração
- Início das redes digitais;
- Vários padrões tecnológicos, principalmente: TDMA (Time Division Multiple Acess), CDMA (Code Division Multiple Acess), GSM (Global System for Mobile Communication);
- Surgimento de serviços como SMS (mensagem de texto) e WAP (internet) por chamada de voz, algo semelhante à "internet discada" dos computadores.

# 2,5ª geração
- Classificada como uma geração intermediária entre 2G e 3G;
- Desenvolvimento de tecnologias de dados para complementarem as tecnologias digitas já existentes, como padrões GPRS e, posteriormente, EDGE para redes GSM e 1xRTT para CDMA;
- As novas evoluções de dados permitiram serviços como internet WAP por pacotes (que permite a cobrança por quantidade de dados trafegados e não mais por tempo de uso) e MMS (mensagem multimídia, que agregava fotos, sons e até vídeos);
- Velocidade de transmissão de dados (aproximada): GSM GPRS (44 Kb/s), CDMA 1xRTT (144 Kb/s), GSM EDGE (200 Kb/s);
- A tecnologia 2,5G é a mais presente nos celulares brasileiros.

# 3ª geração
- Assim como a 2,5G, caracteriza-se por adição de novas tecnologias de dados às tecnologias digitais existentes (CDMA e GSM);
- O GSM, que até então usava uma transmissão de dados baseada no padrão TDMA passa para uma base baseada no CDMA, e muda seu nome para WCDMA ou UMTS (Universal Mobile Telecomunications System);
- O CDMA continua da mesma maneira, sendo apenas acrescido da tecnologia EV-DO (Evolution Data Optimized);
- Velocidade aproximada de transmissão de dados: WCDMA (2 Mb/s), EV-DO (2,4 Mb/s).

A chegada da tecnologia 3G traz novas possibilidades de serviços para as operadoras, entre eles a famosa vídeo-chamada, que, como já explica o nome, permite que os usuários conversem por voz e imagem simultaneamente, algo similar à uma conversa por webcam. Estas funções implicam em transmissão de dados em alta velocidade pelos aparelhos, algo só vindo com a terceira geração. Também os serviços de downloads apresentarão significativa expansão, visto que essa taxa de dados permite, por exemplo, baixar um álbum musical inteiro em poucos minutos.






Além disso, outros serviços, antes não explorados, ou explorados timidamente pelas empresas de telecomunicação móvel serão oferecidos, e um dos mais aguardados é a internet banda larga. Todas as operadoras hoje já oferecem serviço de acesso à rede para computadores, principalmente notebooks, por meio de placas ou mini modems, mas com baixa velocidade. Isso agora está em vias de mudar. Para o consumidor é uma alteração que gera expectativa, pois com a entrada das operadoras de celular no mercado de internet banda larga, a concorrência, que já é grande, sofrerá um grande aumento, o que sinaliza preços mais atraentes.

A Vivo, diferentemente de todas as outras empresas de telefonia celular do país, já oferecia a tecnologia 3G desde 2004, no padrão CDMA EV-DO. A nova tecnologia, entretanto, não emplacou, por fatores como preço elevadíssimo dos aparelhos EV-DO e alto custo da implantação da rede nessa tecnologia, o que freou a expansão da cobertura, que até hoje está presente em pouquíssimas cidades brasileiras, e em alguma delas apenas em certos setores.
Os preços do CDMA EV-DO eram elevados por dois motivos:
1) Diferentemente do GSM, o padrão CDMA e suas evoluções são patenteados, precisamente pela empresa norte-americana Qualcomm, o que eleva o custo de aparelhos e equipamentos;
2) Não bastasse o pagamento de royalties, a baixa popularidade do CDMA em relação ao GSM eleva o preço por questões de menor oferta dos mesmos aparelhos e equipamentos (a Nokia, por exemplo, maior fabricantes de celulares do mundo, deixou o padrão CDMA para se concentrar em GSM em 2006).


Várias operadoras adquiriram licença para a terceira geração no padrão GSM, mas apenas Telemig e Claro (operadora pertencente à rede mexicana América Móvil, do magnata Carlos Slim) já iniciaram as operações com a tecnologia, embora com cobertura bem reduzida. A Claro oferece o serviço video-chamada, ao custo de R$0,60 por minuto, que pode ser feito entre celulares e de celulares para web (e vice-versa).


TIAGO GEBRIM

Mídias móveis e tecnologia Bluetooth

Vivemos em tempos modernos e há alguns anos a palavra chave pra designação do futuro tem sido "globalização".

A integração econômica, política e social gera a necessidade da circulação rápida e fácil acesso a informação. Numa nova configuração mundial, onde tempo é dinheiro e informação se torna um bem cada vez mais procurado, um novo conceito ganha força a cada ano: Mobilidade.

A mobilidade não se resume a uma ação, vem de uma necessidade de expansão e integração entre países, reflete a necessidade de se deslocar, conhecer novos mundos, explorar.

Junto a mobilidade associaram-se a informação (entenda-se conteúdo ou publicidade) e a tecnologia. Celulares, videogames, MP3, Smartphones (Blackberry, Treo), PDAs e mídias indoor fazem parte do universo das mídias móveis, tanto procuradas por serem de fácil acessibilidade e promover a rápida divulgação. Dentro desse universo as MobiZones ilustram bem o crescimento e utilidade das mídias móveis.


Recentemente, alguns shoppings da África do Sul passaram a contar com essa tecnologia, trata-se de uma rede de cobertura Bluetooth hotspots que oferece ofertas, anúncios, notícias, trailers, ringtones, etc, além de permitir aos usuários disponibilizar seu próprio conteúdo na rede.

A companhia dona dos centros comerciais se associou a uma empresa chamada MobiBlitz, que ficará reponsavel pela instalação e manutenção do serviço em aproximadamente 70 shoppings espalhados pelo país.

Os dados de downloads pelos usuários são monitorados em tempo real e os anunciantes podem escolher quantas webzones quiserem para atuar, essa nova campanha de Bluetooth marketing tem atraído grandes empresas como KFC, Wrigley e até mesmo a MTV, que disponibiliza Mobisodes exclusivo (episódios de séries ou programas), além de outros conteúdos.

A vantagem para os consumidores é poder ter um certo controle em relação as informações que irá receber, podendo selecionar apenas aquelas referentes às suas áreas de interesse, sem ser importunado por mensagens inconvenientes já que, uma vez rejeitado, a MobiBlitz garante que o pedido não voltará a ser enviado por um determinado período.


Fonte: (http://www.mobilemarketingwatch.com/694/shopping-malls-turn-to-bluetooth-for-marketing/)


Lílian Rezende

segunda-feira, 17 de março de 2008

As mídias móveis e a produção artística


Aconteceu em novembro do ano passado, na cidade de Belo Horizonte (MG), a segunda edição do Telemig Celular Arte.Mov. Com dois dias de duração, o evento buscou a amostra e divulgação do trabalho artístico audiovisual para mídias portáteis, incluindo premiação para os melhores. Além disso, contou com debates a respeito de temas relevantes e produção para celulares, palms e GPS. Já com previsão para a realização da terceira edição este ano, o objetivo principal do evento é consolidar a relação com a cena local, nacional e internacional, assim como abrir espaço para discussões sobre as tendências das artes para mídias móveis.

Segundo a revista elaborada pelo próprio evento, uma grande parte da produção artística e audiovisual que chega aos celulares e iPods preza a conveniência de haver uma tela disponível a qualquer momento, sem levar em conta tantas outras ferramentas à disposição em tais aparelhos. O intuito, na realidade, é modificar tal preferência. Uma forma de fazer isso é dar espaço a artistas que transformam a realidade das cidades através da arte nos aparelhos portáteis, e não apenas contribuem para uma estética despojada e atraente (mas sem muita utilidade) de tais mídias.

Exemplo curioso de tal transformação é a forma como os celulares vêm sendo usados na África. Por ser de acesso considerado facilitado, o celular permitiu que setores da sociedade que até então eram excluídos culturalmente pudessem ter acesso à cultura digital, engajando-se nela. O livro “Moving Cultures”, de André H. Caron e Letizia Caronia, traz ainda outro exemplo: a forma como a sociabilidade entre os jovens foi alterada a partir da mídia móvel. Dessa forma, além de transformação cultural de uma nação, a tecnologia participa também de transformações sociais. Isso ressalta o fato da importância que os artistas e a sua produção possuem, ao desenvolverem novas formas de interação sócio-cultural dentro de uma região.

A definição de arte afirma que “para um objeto ser artístico, ultrapassa o utilitário. Isto significa que satisfaz os cinco sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato), o espírito (a inteligência) e o coração (a emoção).” É através de toda essa interação que trabalham os artistas, também no campo das mídias móveis. Faz-se necessário, portanto, abandonar as impressões apenas estéticas e obsoletas, havendo o empenho na produção de uma arte com conteúdo, como é o intenção de tal evento.

As produções audiovisuais vencedoras dos dois anos de evento podem ser conferidas através do site
http://www.artemov.net/, na sessão “acervo”.

Fonte: http://www.artemov.net/

Por: Paula Nogueira

domingo, 16 de março de 2008

Vivo e a cobertura nacional

Desde 2002, quando a italiana TIM (Telecom Italia Mobile) passou a fazer valer suas licenças para operar em todos os estados brasileiros, há uma brecha entre esta e as demais operadoras concorrentes. E esta brecha punha a TIM em um local de destaque, separava-a de Vivo, Claro, Oi, Brasil Telecom, CTBC, Sercomtel, enfim, separava-a de qualquer outra operadora de celular, pela Cobertura Nacional. Tão visada pelas empresas, Cobertura Nacional é a possibilidade de a operadora oferecer serviços em todos os estados do país, devido à compra de licenças para tal. A TIM já vinha operando em alguns poucos locais do país desde 1998, e foi comprando as referidas licenças, até que em 2002, bum!, inaugurou sua rede nacional de uma só vez.

As vantagens de se ter cobertura em todo o país são inúmeras: começa pelo fato de o cliente saber que, em qualquer estado que for, contará com a rede da operadora para usar normalmente todos os serviços que já usa em sua cidade, como MMS, SMS e WAP. Além disso, não pagará mais taxas para uso do celular em outras redes (o chamado Roaming extra-rede, serviço comumente oferecido pelas operadoras que permite ao cliente usar a rede de outra empresa de celular, no caso de estados não atendidos pela mesma. Por exemplo: clientes Claro GSM que viagem à Amazônia, estado onde a Claro não opera, podem usar a rede GSM da TIM ou Oi. Repare que este serviço funciona desde que as tecnologias usadas por ambas as operadoras sejam compatíveis; aqui no caso, o GSM). Outro fator é o fortalecimento da empresa, que amplia sua base de clientes, aprofundando raízes em todo o território nacional.

A Vivo, empresa detida pela Portugal Telecom e a espanhola Telefónica (que no Brasil também possui a Telefônica de São Paulo), sofria duplamente com o caso da falta de cobertura nacional. O primeiro problema se refere à tecnologia adotada pela Vivo, o CDMA. Considerada mais avançada, porém menos prática, a tecnologia foi adotada apenas pela Vivo, enquanto as demais empresas optaram pelo GSM (a famosa tecnologia "de chip"). Dessa maneira, a cobertura CDMA isolou a Vivo, pois só existia nos estados onde ela operava, e, quando um cliente da empresa viajava a uma localidade fora desta área da atuação (como Ceará, RN ou mesmo Minas Gerais), ficava sem usar o celular. Isso porque o aparelho era CDMA, mas a rede existente nestes outros estados era sempre GSM, o que impedia o funcionamento. Quando muito, o aparelho CDMA era equipado com a possibilidade de operar em rede analógica (AMPS, da época dos celulares "tijorola"), que além de possuir uma péssima qualidade, facilitava a clonagem das linhas. Assim, Vivo tornou-se sinônima de clonagem e alienação tecnológica.

Para resolver esta grave deficiência, que estava canalizando os clientes insatisfeitos da Vivo para TIM e Claro, a operadora fez uma delicada e arriscada manobra: no auge de sua maturidade tecnológica (quando já se aventurava, inclusive, na evolução 3G do CDMA, o EV-DO), ela teve de iniciar a implantação de uma rede GSM, para concorrer em pé de igualdade com as concorrentes. O fato gerou controvérsias, mesmo porque em toda sua existência a empresa sempre tinha promovido sua rede CDMA às custas de duras críticas às limitações do GSM. Também os clientes CDMA ficaram desconfiados, temendo um "abandono" da operadora à esta tecnologia. Após a implantação do GSM, que foi bem aceito, a resolução do primeiro problema se efetivava: a Vivo ainda não possuía cobertura nacional, mas poderia oferecê-la aos clientes, através da rede de outras operadoras (como as demais já faziam).
Em setembro de 2007, a operadora conquistou, em leilão da Anatel, o direito de expandir sua cobertura pelos estados em que ainda não atua. Em Minas este problema já tinha se solucionado, pois a Vivo comprou a principal operadora mineira, a Telemig Celular. Assim, os problemas de cobertura nacional saem da pauta de preocupações da empresa, que poderá expandir nas freqüências adquiridas tanto o GSM quanto o CDMA, embora haja dúvidas se realmente o fará nesta última. Quem mais se preocupa neste processo é a rival direta da Vivo, a TIM, que perdeu seu monopólio nacional de cobertura, e deverá explorar outros diferenciais, como seus planos de tarifas bem criativos, para manter seus clientes.

Nós consumidores, entretanto, poderemos ganhar com o acirramento dessa disputa, desde que as empresas não esqueçam que o principal quesito para o consumidor não é cobertura e nem tecnologia: é qualidade.


TIAGO GEBRIM

sábado, 15 de março de 2008

A Vodafone - uma das maiores e mais desenvolvidas empresas de telecomunicação do mundo - acaba de lançar o tão esperado Otello. O aparelho é o primerio "searh engine" baseado em imagens, ou seja, ao invés de ter que digitar uma palavra-chave, você simplesmente tira uma foto. O procedimento do aparelho é simples, tudo o que se tem a fazer é tirar a foto do objeto e mandar como mensagem MMS para o número de serviço, as informações relacionadas à foto chegam alguns minutos depois.
De monumentos à carros, o Otello reconhece de tudo, ou quase tudo. Digo quase pois no lançamento do aparelho, na Alemanha, a Chanceler alemã Angela Merkel ficou incrédula ao ver que nada foi relacionado a sua foto. Bom, gafes acontecem, e a Vodafone ainda resolve: caso procure por uma imagem e essa ainda não tenha nada relacionado, você mesmo pode atualizar, mandando informações para o sistema.
O Otello também é uma ótima novidade para os fãs de música. Basta fotografar a capa de algum CD e um link com dowloads das músicas para o celular, em formato mp3, é enviado.
Porém, o maior atrativo do novo aparelho é de fato a mobilidade. As pesquisas, antes mais utilizadas na internet, podem agora ser feitas a qualquer hora e em qualquer lugar.

O lançamento no Brasil ainda não tem data marcada, mas já sabemos que o preço privará, como em tantos outros casos, a maior parte da população brasileira a tal tecnologia.


Fonte: (http://www.vodafone.com/start/media_relations/news/local_press_releases/germany/germany_press_release/vodafone_showcases.html)

- Gabriela Santillo

Comentário para "O novo celular do presidente"

A reportagem postada abaixo nos mostra, entre outras coisas, a constante inovação dos telefones móveis, cada dia com mais funções (algumas desnecessárias, outras surpreendentes) adicionadas além do seu propósito natural de fazer ligações. Aliás, há quem diga que, ultimamente, este propósito primário tem sido o menos utilizado... A matéria ainda nos fala do dilema da televisão digital, que inova a transmissão sem (pelo menos ainda) inovar o já batido conteúdo. Detenhamo-nos, entretanto, na parte relativa ao celular.

É comum hoje vermos aparelhos de telefonia móvel com várias utilidades interessantes, como função de GPS, câmera digital de alta resolução (como o Nokia N95, com sua câmera de 5 mega-pixels), MP3 players (com memórias expansíveis até aproximadamente 2 gigabytes), calculadora científica e um monte de outras capacidades que muitas vezes só descobrimos depois de mais de meses com o celular. Outra característica que muda é o acesso à Internet no padrão WAP. Este já não é nenhuma novidade, mas sim as novas utilidades destes sites de interface simples, que hoje podem ser usados para consulta a saldo bancário, pagamento de contas (serviço oferecido, por exemplo, aos correntistas do Banrisul), meteorologia, notícias atualizadas, etc.

O Samsung V820L mostrado traz, então, algo que há muito se espera no celular: a capacidade de se sintonizar vários canais de TV, e, o melhor, de maneira gratuita. Sim, porque o sinal de televisão digital captado é uma função à parte, que não depende de maneira alguma da operadora utilizada. Televisão no celular, por si só, não é algo tão inovador. Por exemplo, há cerca de dois anos a Vivo já disponibiliza, em seus aparelhos CDMA dotados da função Vivo Play, a possibilidade de assistir ao canal Band ao vivo. É claro que a qualidade de imagem/ som não é a mesma da nova modalidade de televisão. Falando em TV digital, entretanto, pode-se supor que sua "grande tacada" não será a qualidade espetacular, e sim a gratuidade e portabilidade.

Entretanto, a televisão digital não precisará se esforçar tanto assim para oferecer conteúdos diversos pelo menos até o final deste ano porque, infelizmente, a parcela populacional de menor poder aquisitivo não fará parte do público detentor do V820L, cujo preço deve chegar altíssimo (muito provavelmente mais de R$1000). A esperança é que se cumpra o informado na reportagem, isso é, que o preço do aparelho baixe 50% até abril de 2009.


TIAGO GEBRIM

quinta-feira, 13 de março de 2008

O novo celular do presidente

O presidente Lula foi na terça-feira (4/3) à fábrica da Samsung, em Campinas (SP). Saiu de lá com um celular V820L, preparado para receber o sinal da TV digital. O telefone será colocado à venda em abril, inicialmente só em São Paulo. Ele está apto a receber o conteúdo das sete principais redes de televisão do país. Quem tiver dinheiro para comprar o aparelho dentro de um mês (em um ano o seu preço cairá pela metade) vai acessar a TV aberta da mesma forma com que hoje o faz em casa. É a primeira propriedade da TV digital terrestre que pode fazer sentido para o consumidor brasileiro.
Quando o presidente sintonizar seu receptor, no entanto, corre o risco de se decepcionar. A imagem será boa, mas o conteúdo não será diferente do que ele já deve estar cansado de ver no Palácio da Alvorada. É aí que mora o perigo.
A verdade é que a TV, tal como a conhecemos agora, está perdendo relevância com espantosa velocidade. Envelheceu sem se dar conta disso. Quando tenta ser "jovem" torna-se com freqüência patética. Os "nativos digitais" não querem saber dela há muito tempo. Perceberam que têm o direito de escolha, o que era impensável para seus pais.
Há controvérsias, é claro. O ministro das Comunicações, Helio Costa, por exemplo, acredita que a televisão brasileira é um modelo para o mundo. Falando na quarta-feira (5/3), no Acel Expo Fórum, em Brasília, ele revelou que "a televisão na Europa é ruim; é horrível. O povo europeu odeia televisão. E isso não acontece no Brasil. A nossa televisão é muito boa". E sentenciou: "O nosso conteúdo como está hoje é muito atrativo".
Não é o que acham os jovens e, em escala crescente, o resto da população. Por isso a internet consolida-se rapidamente como o principal meio de informação da sociedade. O Brasil tem hoje 40 milhões de internautas. A eles se somarão mais 5 milhões até dezembro. Isso está bem longe do pequeno nicho ao qual até ontem a internet era associada. Cerca de 40% dessas pessoas está na classe C. A internet deixou de ser coisa da elite. Chegou aonde só a televisão e o rádio chegavam. A televisão não tem opções. Ela e todas as formas de distribuição de produto audiovisual têm que suportar uma convivência incômoda.

Não é a substituição de um receptor de TV por um monitor de computador que estabelece a diferença entre a televisão de ontem e a televisão de amanhã. É a maneira como o usuário é capaz de interagir com a tela que está na sua frente, de encontrar nela o que efetivamente está procurando. As pessoas aprenderam a procurar – o que é muito diferente de escolher entre o que lhes é oferecido.
Temos que admitir que, no século 21, não é muito normal que uma pessoa saudável esteja procurando o Faustão, o Gugu ou assemelhados. O público mostra isso todos os dias, empurrando a programação tradicional para patamares de audiência muito inferiores aos que ela operava há menos de cinco anos. Transmitir essa mesma programação em alta definição não vai fazer muita diferença. O público também sinalizou isso. As transmissões digitais, que começaram em dezembro no ano passado, simplesmente não decolaram.
O que pode fazê-las decolar? No topo da lista está a mobilidade e a portabilidade. Se o presidente Lula fosse de ônibus para o trabalho, já poderia ver televisão enquanto se acotovelasse entre os outros passageiros. Isso faz um bocado de diferença. O momento de ver televisão não é mais o espaço entre a hora que um trabalhador chega em casa e a que ele vai dormir. É o tempo em que ele está no transporte ou fazendo um lanche. Tal possibilidade representa uma guinada de 180 graus no que o público e o mercado entendem por "horário nobre" – que gera 80% da receita de qualquer rede de televisão aberta.

A televisão aberta, a televisão fechada e, agora, todos os mecanismos emergentes de distribuição de conteúdo audiovisual falam com segmentos distintos da sociedade – e o que falam é bastante diferente. Não há nada de errado nisso. Na verdade, o que as emissoras mais temem é justamente o que poderá salva-las: a transformação do modelo de negócios praticado há 60 anos. Durante todo esse tempo, a televisão domesticou sua audiência. As novas gerações disseram que não querem ser parte disso. O que elas estão demonstrando é que públicos plurais demandam modelos plurais de construção de conteúdo.
A capacidade de transmissão para receptores móveis e portáteis é um exemplo paradigmático. Demanda novas formas de conteúdo, mas vai além disso. Exige fontes bastante diversificadas de produção e mecanismos que atendam a elas. É um sintoma do que acontece com todas as outras possibilidades de provimento de conteúdo audiovisual.
O novo celular que o presidente tem no bolso é semelhante aos gadgets que todos os brasileiros terão. São brasileiros de idades diferentes, níveis educacionais diferentes, classes sociais diferentes, anseios diferentes. Diante da possibilidade de opção, eles não têm razão alguma para estar querendo consumir a mesma coisa.


(Matéria de Nelson Hoineff, 11/3/2008)