domingo, 29 de junho de 2008

iPhone 3g e iPhone 2.0

A WWDC é um evento para desenvolvedores, e não para anúncio de novos produtos. Contudo, Istive anunciou o iPhone 3G e suas estratágias para brigar de igual para igual com Windows Mobile eBlackberry pelo usuário corporativo.
Agora a segunda geração do iPhone tem GPS, 3G e é todo preto, tendo em breve uma versão branca para o modelo de 16 GB. Pois é, contrariando as expectativas de muita gente, não foi dessa vez que apareceu o modelo de 32 GB. Talvez o mair motivo seja o preço: o iPhone quer abocanhar cada vez mais mercado, em especial, o corporativo. Para tal, houve um corte radical no valor do produto: U$ 199 para o de 8 GB e U$ 299 para o de 16 GB, com contrato de 2 anos. Um iPhone de 8 GB custando o mesmo que o um nano comprado há pouco tempo nos EUA! A gente pode concluir que o custo de produção de um iPhone não é tão alto quanto se imaginava. E dá para ter uma idéia do quanto eles faturaram com a primeira geração...

Dá para trabalhar com o iPhone 2.0?
O mais importante do evento nem foi o novo aparelho, mas o novo firmware, ou seja, o sistema operacional que roda no dispositivo: o iPhone 2.0. A atualização é gratuita via iTunes para quem já tem o modelo da primeira geração (legalizado, é lógico) e custará U$ 9,95 para donos do iPod Touch.
O primeiro iPhone era perfeito para quem queria um iPod convergente, com algumas aplicações básicas para iniciar os leigos ao mundo da mobilidade. A Apple fez isso muito bem, conquistou legiões de fãs que nunca pensaram em ter um celular inteligente. Mas o que mais está em debate ultimamente entre muitos usuários de smartphone é: o iPhone já pode substituir um Blackberry, Palm ou Windows Mobile para trabalhar? Entre os veteranos de tecnologia móvel, a resposta era um uníssono "não". Quem aderiu ao smartphone da Apple acabou deixando-o como um dispositivo pessoal, para diversão, sem abrir mão de um aparelho de outra plataforma para trabalhar. Donos de Blackberry ainda são os mais resistentes em fazer a troca. Justamente a plataforma campeã de popularidade entre os executivos.
Do lado dos usuários de Windows Mobile, a resistência vinha por conta dos usuários de um sistema já maduro, com uma biblioteca imensa de softwares e milhões de licenças mundo afora, nas mais diversas marcas: HP, HTC, Samsung, Motorola, Palm e até Sony Ericsson, agora com o Xperia.
Outra novidade é o MobileMe, que nada mais é que o serviço Mac (que andava esquecido pela empresa) mais turbindo, com opções de sincronismo via rede, entre múltiplas máquinas e over-the-air.
Dentre as novas e mais importantes implementações do iPhone 2.0 estão suporte a iWork (o Office do mundo Mac), mais o ActiveSync (plataforma de sincronismo da Microsoft que a Apple licenciou), mais o suporte a Exchange, mais os aplicativos de terceiros... e pronto: já temos um iPhone para trabalhar!

iPhone no Brasil
O Brasil não está no rol dos "22 sortudos" que terão o iPhone 3G disponível já no dia 11 de julho: EUA, Reino Unido, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Hong Kong, Irlanda, Itália, Japão, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia e Suíça. Istive prometeu que em qualquer país o aparelho mais básico custará U$ 199 com contrato de 2 anos com a operadora.
Mas o Brasil está na lista dos 70 onde o iPhone chegará oficialmente até (dizem) o fim do ano. A Claro é a operadora que o venderá aqui, mas jamais por esse preço. Afinal, o Palm Centro, que visa ser "um smartphone popular" por U$ 99 nos EUA sem contrato atrelado, transformou-se em R$ 1.099,00 no nosso varejo em condições similares.

Angélica Queiroz

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