terça-feira, 15 de abril de 2008

A mobilidade e o jornalista

O uso das tecnologias móveis como colaboração ao jornalismo vem sendo cada vez mais discutido. Charles de Vroede, editor do Tegraaf, disse recentemente que o futuro do webjornalismo é o livestreaming. O livestreaming se baseia na transmissão ao vivo de notícas para os sites através de celulares. Os jornalistas, é claro, adoraram a nova facilidade, além de acirrar a competição entre empresas de comunicação que tem por base a internet, ajuda na hora de captar os famosos "furos jornalísticos". Charles de Vroede afirma ainda que, na web, as notícias ficam velhas mais rapidamente, por isso é necessário um mecanismo que ajude na atualização quase que instantânea.

Porém, não existe apenas essa vertente quando chegamos a esse assunto. Bas Broekhuizen, editor da Volkskrant TV se diz contra à tais "acessórios", devido ao fato de que seria de enorme custo às empresas de comunicação, trazendo, portanto, mais prejuízo do que lucro.



Fato é, concordando ou não, já existem celulares específicos para esse tipo de trabalho. Ano passado foram lançados dois aparelhos com certas funções para ajudar o repórter móvel, como áudio, vídeo, banda larga de alta velocidade, editores de texto, câmera digital, leitor de mp3 e multimídia, etc. Os novos dispositivos são o Nokia E90 e E95, e estão acelerando o processo e o potencial do jornalismo móvel.




Vale ressaltar uma passagem do livro Teorias do Jornalismo: porque as notícias são como são, de Nelson Traquina. "A obsessão pelos fatos acompanhou uma crescente obsessão com o tempo e uma maior orientação por parte da imprensa para os acontecimentos. [...] De novas edições dos jornais no mesmo dia à quebra da programação televisiva anunciada com boletins, novos avanços tecnológicos nas última décadas do século XX tornaram possível, de longa distância, atingir o cúmulo do imediatismo - 'a transmissão direta do acontecimento'".

Fica claro, então, que todas essas tecnologias móveis, em companhia ao jornalismo, foram produtos desse imediatismo, da "sede" por ser o primeiro a lançar uma notícia em especial. Cabe a cada profissional decidir se esses artifícios são ou não necessários, sabendo, porém, que a evolução nessa área indica fortemente que em breve, as tecnologias móveis serão os melhores amigos do jornalista.





Gabriela Santillo

Nenhum comentário: