sábado, 15 de março de 2008

Comentário para "O novo celular do presidente"

A reportagem postada abaixo nos mostra, entre outras coisas, a constante inovação dos telefones móveis, cada dia com mais funções (algumas desnecessárias, outras surpreendentes) adicionadas além do seu propósito natural de fazer ligações. Aliás, há quem diga que, ultimamente, este propósito primário tem sido o menos utilizado... A matéria ainda nos fala do dilema da televisão digital, que inova a transmissão sem (pelo menos ainda) inovar o já batido conteúdo. Detenhamo-nos, entretanto, na parte relativa ao celular.

É comum hoje vermos aparelhos de telefonia móvel com várias utilidades interessantes, como função de GPS, câmera digital de alta resolução (como o Nokia N95, com sua câmera de 5 mega-pixels), MP3 players (com memórias expansíveis até aproximadamente 2 gigabytes), calculadora científica e um monte de outras capacidades que muitas vezes só descobrimos depois de mais de meses com o celular. Outra característica que muda é o acesso à Internet no padrão WAP. Este já não é nenhuma novidade, mas sim as novas utilidades destes sites de interface simples, que hoje podem ser usados para consulta a saldo bancário, pagamento de contas (serviço oferecido, por exemplo, aos correntistas do Banrisul), meteorologia, notícias atualizadas, etc.

O Samsung V820L mostrado traz, então, algo que há muito se espera no celular: a capacidade de se sintonizar vários canais de TV, e, o melhor, de maneira gratuita. Sim, porque o sinal de televisão digital captado é uma função à parte, que não depende de maneira alguma da operadora utilizada. Televisão no celular, por si só, não é algo tão inovador. Por exemplo, há cerca de dois anos a Vivo já disponibiliza, em seus aparelhos CDMA dotados da função Vivo Play, a possibilidade de assistir ao canal Band ao vivo. É claro que a qualidade de imagem/ som não é a mesma da nova modalidade de televisão. Falando em TV digital, entretanto, pode-se supor que sua "grande tacada" não será a qualidade espetacular, e sim a gratuidade e portabilidade.

Entretanto, a televisão digital não precisará se esforçar tanto assim para oferecer conteúdos diversos pelo menos até o final deste ano porque, infelizmente, a parcela populacional de menor poder aquisitivo não fará parte do público detentor do V820L, cujo preço deve chegar altíssimo (muito provavelmente mais de R$1000). A esperança é que se cumpra o informado na reportagem, isso é, que o preço do aparelho baixe 50% até abril de 2009.


TIAGO GEBRIM

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