Existente já há alguns anos em países como EUA, Japão, Coréia e também na Europa, a tecnologia 3G é o terceiro passo significativo da evolução dos celulares, desde o seu primeiro formato:
# 1ª geração
- Redes analógicas;
- Tecnologia mais representativa: AMPS (Advanced Mobile Phone Service);
- Capacidade da rede restrita à realização de ligações de voz.
# 2ª geração
- Início das redes digitais;
- Vários padrões tecnológicos, principalmente: TDMA (Time Division Multiple Acess), CDMA (Code Division Multiple Acess), GSM (Global System for Mobile Communication);
- Surgimento de serviços como SMS (mensagem de texto) e WAP (internet) por chamada de voz, algo semelhante à "internet discada" dos computadores.
# 2,5ª geração
- Classificada como uma geração intermediária entre 2G e 3G;
- Desenvolvimento de tecnologias de dados para complementarem as tecnologias digitas já existentes, como padrões GPRS e, posteriormente, EDGE para redes GSM e 1xRTT para CDMA;
- As novas evoluções de dados permitiram serviços como internet WAP por pacotes (que permite a cobrança por quantidade de dados trafegados e não mais por tempo de uso) e MMS (mensagem multimídia, que agregava fotos, sons e até vídeos);
- Velocidade de transmissão de dados (aproximada): GSM GPRS (44 Kb/s), CDMA 1xRTT (144 Kb/s), GSM EDGE (200 Kb/s);
- A tecnologia 2,5G é a mais presente nos celulares brasileiros.
# 3ª geração
- Assim como a 2,5G, caracteriza-se por adição de novas tecnologias de dados às tecnologias digitais existentes (CDMA e GSM);
- O GSM, que até então usava uma transmissão de dados baseada no padrão TDMA passa para uma base baseada no CDMA, e muda seu nome para WCDMA ou UMTS (Universal Mobile Telecomunications System);
- O CDMA continua da mesma maneira, sendo apenas acrescido da tecnologia EV-DO (Evolution Data Optimized);
- Velocidade aproximada de transmissão de dados: WCDMA (2 Mb/s), EV-DO (2,4 Mb/s).
A chegada da tecnologia 3G traz novas possibilidades de serviços para as operadoras, entre eles a famosa vídeo-chamada, que, como já explica o nome, permite que os usuários conversem por voz e imagem simultaneamente, algo similar à uma conversa por webcam. Estas funções implicam em transmissão de dados em alta velocidade pelos aparelhos, algo só vindo com a terceira geração. Também os serviços de downloads apresentarão significativa expansão, visto que essa taxa de dados permite, por exemplo, baixar um álbum musical inteiro em poucos minutos.
A Vivo, diferentemente de todas as outras empresas de telefonia celular do país, já oferecia a tecnologia 3G desde 2004, no padrão CDMA EV-DO. A nova tecnologia, entretanto, não emplacou, por fatores como preço elevadíssimo dos aparelhos EV-DO e alto custo da implantação da rede nessa tecnologia, o que freou a expansão da cobertura, que até hoje está presente em pouquíssimas cidades brasileiras, e em alguma delas apenas em certos setores.
Os preços do CDMA EV-DO eram elevados por dois motivos:
1) Diferentemente do GSM, o padrão CDMA e suas evoluções são patenteados, precisamente pela empresa norte-americana Qualcomm, o que eleva o custo de aparelhos e equipamentos;
2) Não bastasse o pagamento de royalties, a baixa popularidade do CDMA em relação ao GSM eleva o preço por questões de menor oferta dos mesmos aparelhos e equipamentos (a Nokia, por exemplo, maior fabricantes de celulares do mundo, deixou o padrão CDMA para se concentrar em GSM em 2006).
Várias operadoras adquiriram licença para a terceira geração no padrão GSM, mas apenas Telemig e Claro (operadora pertencente à rede mexicana América Móvil, do magnata Carlos Slim) já iniciaram as operações com a tecnologia, embora com cobertura bem reduzida. A Claro oferece o serviço video-chamada, ao custo de R$0,60 por minuto, que pode ser feito entre celulares e de celulares para web (e vice-versa).
TIAGO GEBRIM
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